Semiárido
15.02.2017 CE
Fórum Cearense de Convivência com o Semiárido participa de debate sobre região Semiárida brasileira

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Por Rikáryo Mourão - comunicador do Instituto Elo Amigo

Marcos Jacinto (à dir.) destaca as ações desenvolvidas pela ASA para fortalecimento e promoção de ações convivência | Foto: Divulgação

Na última terça-feira, 14, a Universidade de Fortaleza (Unifor), realizou uma mesa/debate sobre o Semiárido Nordestino, como parte integrante da programação de intervenção ‘Vacas Magras’, em exibição no Campus da instituição até o dia 30 de abril, contando com aproximadamente cem pessoas.

O momento contou com a presença da artista plástica Márcia Pinheiro, de David Ferran da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), do Professor Fábio Marquesan, coordenador de Estudos Organizacionais do Semiárido (Geosa) e de Marcos Jacinto, coordenador executivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) pelo Estado do Ceará, que falou sobre as tecnologias desenvolvidas para a convivência com o Semiárido como: Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC); Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2); Programa Cisternas nas Escolas e Programa Sementes, que entre outras ações, propõem a estocagem de água e alimento como estratégias necessárias para a convivência com a região.

Além de falar dos programas que foram desenvolvidos no semiárido brasileiro nos últimos doze anos, Jacinto destacou que desde 2012, mais de 1,4 mil municípios da região semiárida sofrem as consequências da estiagem, e que se fosse antes da década de 1990, hoje estaríamos contando os mortos. Além disso, mostrou com dados que o investimento em politicas que fortalecem a estocagem da água tem garantido de forma responsável a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas.

Feran destacou que o tema é fundamental para manter a vida, afirma que é necessário ter um olhar diferente [para o Semiárido] já que estamos falando de uma quadra de 800 milímetros de chuva por ano e que tem o seu poder de evaporação três vezes maior.

Marcos Jacinto lembra que hoje temos uma disputa mais acentuada pela água. Destacou a situação do Açude Orós que está com pouco mais de 12% de sua capacidade e tem abastecido o Açude Castanhão com uma vazão de 16 mil litros d’água por segundo, sendo desse total 11% dela chega capital que, por vezes, não tem noção de desperdício.

No encerramento do evento, o professor Marquesan destacou que o momento foi uma oportunidade única de enriquecer o diálogo entre a Universidade e a comunidade local, acerca de um fenômeno que afeta diretamente a população cearense.

Vacas Magras

A exposição Intervenção Vacas Magras é um trabalho da artista plástica Márcia Pinheiro e tem como objetivo chamar atenção facilitando o debate e conscientização dos efeitos da estiagem em especial nos animais. São ao todo dez esculturas em tamanho real dos animais subnutridos que estão espalhados pela Unifor.