Nota de Esclarecimento
15.03.2017 PE
Projeto nas Cisternas nas Escolas existe há sete anos e há dois se tornou política pública

Voltar


As cisternas são fundamentais para evitar que as aulas parem principalmente nestes seis anos de seca | Foto: Ana Lira/Arquivo Asacom

As organizações que fazem parte da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), em Pernambuco, foram surpreendidas, no início deste mês, com a notícia divulgada em diversos blogs do estado, de que a prefeitura de Afogados da Ingazeira apresentou ao ministério da Educação um projeto do município que, segundo falaram, “poderia ser reproduzida em outros municípios do país”. Trata-se do projeto Cisternas nas Escolas.

A surpresa se deu pela notícia - divulgada pela prefeitura - ignorar informações relevantes sobre o tal projeto. Desde 2010, a sociedade civil organizada, representada pela ASA, executa o Cisternas nas Escolas em nove dos 10 estados do Semiárido (Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí).

E há dois anos, desde 2015, a iniciativa se tornou política pública adotada pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Na ocasião, o Governo Dilma assumiu a implementação, em parceria com a ASA, de cinco mil cisternas em escolas rurais de toda a região semiárida, incluindo municípios pernambucanos. Esse termo de parceria está em execução e foi aditivado, no ano passado, ampliando o total de tecnologias para 5.842.

De 2010 até os dias atuais, a ASA contabiliza a construção de 4.693 cisternas em escolas rurais. Em Pernambuco, já foram construídas 686 cisternas escolares em 49 municípios.

Esta ação tem fundamental relevância para as instituições de ensino do Semiárido, que atravessa uma seca de seis anos considerada a pior dos últimos 100 anos. Avaliamos importante que gestões públicas de estados e municípios tenham adesão a esta iniciativa, assim como outras no âmbito da Convivência com o Semiárido, mas são primordiais o respeito e o reconhecimento mútuo dos papéis e conquistas para que se fortaleça o diálogo entre estado e sociedade.