Tecnologias Sociais
30.10.2017 AL
Pesquisa fortalecerá a implementação de barragens subterrâneas no Semiárido alagoano

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Por Elessandra Araújo – Comunicadora Cdecma

A parceria ASA/Embrapa fortalecerá as implementações de tecnologias de convivência com o Semiárido em Alagoas | Foto: Elessandra Araújo

A Embrapa Solos e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) apresentaram o projeto de Zoneamento de áreas potenciais para construção de barragem subterrânea em unidades agrícolas de base familiar no agreste e sertão de Alagoas.  Participaram da oficina agricultores (as), técnicos, representantes da ASA Alagoas, coordenador e técnico do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da ASA, secretários de agricultura, professores do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) Campus Santana do Ipanema e de Piranhas, pesquisadores e outros convidados.

O zoneamento de barragem subterrânea será realizado durante o período de três anos, e conta com diversas parcerias, porém o apoio do Estado é fundamental para sua melhor execução. “Alagoas vai ter um instrumento de gestão que nenhum outro Estado dispõe. Vamos gerar e juntar conhecimento. Aqui vai ser a grande escola, e depois ampliaremos para outros Estados”, disse Manoel Neto da Embrapa.

Segundo a pesquisadora da Embrapa Sonia Lopes, “a indicação de ambientes potenciais para locação e construção de barragens subterrâneas, agrupando áreas relativamente homogêneas a partir dos indicadores ambientais de solo, geologia, clima e relevo, será relevante para o sucesso de alguns programas sociais de convivência com as secas”.

A barragem subterrânea é uma tecnologia social de captação de água de chuva, que é implementada também, através do P1+2 no Semiárido Brasileiro. “Eu tenho oito anos de barragem e minha família tem oito anos de felicidade”, disse o agricultor Edésio Alves Melo, residente na comunidade Bananeira em São José da Tapera-AL.

O zoneamento vai identificar, classificar e espacializar ambientes potenciais para construção de barragens. “Essa perspectiva de estudo é importante para ver os limites e impactos da barragem. Falar de barragem subterrânea é ver uma microbacia e um conjunto de outros elementos que são importantes para sua implementação”, disse o coordenador do P1+2 Antônio Barbosa.

A oficina para construção do conhecimento e avaliação da metodologia do projeto foi realizado no auditório da Emater em Santana do Ipanema-AL, no dia 25 de outubro de 2017. Os participantes acordaram o próximo encontro para o mês de fevereiro em 2018.