Agroecologia
06.06.2016
Experiências do Semiárido sergipano serão visitadas durante Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores

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Encontro gera intercâmbio de experiências em agricultura familiar em Sergipe.

Conheça os temas e as experiências que serão visitadas no Semiárido sergipano durante o IV Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores:

TEMA: Gestão casa de sementes comunitária - MCP
EXPERIÊNCIA: Coletivo Movimento Camponês Popular
MUNICÍPIO: Cristinápolis
RESUMO: O Movimento Camponês Popular surge da fidelidade dos camponeses em assumirem sua missão de produzir alimentos saudáveis para o seu consumo e para o povo brasileiro. Em Sergipe, o MCP pautou as sementes crioulas e criou no município de Cristinápolis um banco de semente que hoje contém mais de duas toneladas armazenadas, com variedades de milho e feijão. A gestão do banco é realizada em conjunto com os camponeses produtores. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.

TEMA: Gestão casa de sementes familiar - O Brasil do Pelado
EXPERIÊNCIA: Seu Brasil
MUNICÍPIO: Canindé de São Francisco
RESUMO: Distante 40 km da sede do município de Canindé do São Francisco, no Alto Sertão Sergipano, se encontra a comunidade Pelado II, onde vive a família de Seu Manoel Dantas da Silva (68), conhecido como Seu Brasil, e Dona Luzinete de Oliveira Silva, chamada por todos como Dona Nete de Brasil (59). A propriedade de 38,8 hectares (115 tarefas) foi dividida para abrigar as famílias de quatro filhos, que resolveram construir suas vidas no pedaço de chão que pertence à família e não migraram para grandes capitais. A família cria algumas cabeças de gado, ovelhas, porcos e aves e guarda uma variedade de sementes. Há 26 anos, eles preservam e multiplicam o milho hiba, uma herança recebida do avô de Seu Brasil. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.

TEMA: Resgate e multiplicação das sementes
EXPERIÊNCIA: Seu Pedro
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: A história do agricultor guardião de sementes crioulas começou ainda com os pais. O costume de guardar as sementes é preservado há 36 anos pela família de Seu Pedro José Lima, 57 anos. Com uma diversidade de milho e feijão, seu Pedro é conhecido na região como “homem das sementes crioulas”. Na fazenda Inxu, nas redondezas da comunidade Lagoa da Volta, em Porta da Folha (SE), onde mora com a esposa Maria Zélia da Silva Lima e seis filhos, o agricultor resgata as sementes que eram utilizadas pelos pais a partir de técnicas alternativas. Entre as técnicas para preservar e multiplicar as sementes seu Pedro faz o manejo do solo com a utilização de adubos orgânicos, sem o uso de venenos. O resultado é visto na produção de milho e feijão.  Também mantém uma plantação em áreas no fundo da casa que são irrigadas manualmente. Outros costumes são reforçados a partir de suas tradições religiosas. O plantio das sementes é feito na lua crescente e colhido na fase escura. Outro motivo de orgulho é que parte do terreno é considerado uma Reserva Legal, com mais da metade de mata nativa onde se encontram espécies variadas de árvores e animais. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.

TEMA: Resgate e multiplicação das sementes
EXPERIÊNCIA: Dona Faraildes
MUNICÍPIO: Japoatã
RESUMO: Contar a história de Dona Faraildes, mulher, viúva, mãe e camponesa é narrar uma história de migração, luta pela terra e valorização das sementes. Ela nasceu em Mocambo, no município sergipano de Aquidabã, onde cresceu e casou-se com seu José Rodrigues com o qual teve 13 filhos, dos quais conseguiu criar nove (06 mulheres e 03 homens). Filha de camponesa, durante anos manteve a tradição de plantar e produzir nas terras da mãe. Ela relata que aprendeu com a avó a prática de guardar sementes. Muitas estão com ela há mais de 40 anos. Dentre estas, amendoim e mandioca. “Minha vó dizia: Mandioca já tem nome de mãe minha filha, nunca perca semente e nem deixe de plantar, e eu planto”. Dona Faraildes, já ultrapassou os 80 anos, mas ainda mantém as sementes e a lida de plantio e de roçado. Atualmente, planta no que chama de quintal, uma área de 05 tarefas, onde planta: Amendoim, melancia, mandioca, milho entre outras, cultivando sempre o hábito de trocar e partilhar suas sementes entre vizinhos e amigos. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.

TEMA: Ensaios Comparativos
EXPERIÊNCIA: MPA/EMBRAPA
MUNICÍPIO: Monte Alegre de Sergipe
RESUMO: As sementes crioulas são frutos da história e das culturas dos povos do campo. Em 2015, o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), em parceria com Embrapa tabuleiros costeiros e o Instituto federal de Sergipe, resolveu trabalhar a semente crioula a partir da união entre os conhecimentos científico e popular. Foram feitos ensaios comparativos com sementes de milho envolvendo camponeses guardiões das comunidades do Retiro, em Monte Alegre, Poço Preto, Patos, Lagoa Grande, Garrote do Emiliano e Sítio Óleo, em Poço Redondo, e Deserto, em Porto da Folha. Várias etapas do estudo se sucederam, desde a escolha das sementes, o plantio, comparações entre as características alcançadas pelas variedades (altura, tempo de germinação...). O estudo, que terá continuidade em 2016, objetiva a valorização do conhecimento popular e o reconhecimento da qualidade das sementes da Liberdade em Sergipe. Os agricultores e as agricultoras vêm aprendendo muito sobre as variedades e seus usos. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Fazendo Agroecologia no pé da Serra da Melância
EXPERIÊNCIA: Dona Edleuza
MUNICÍPIO: Gararu
RESUMO: Na comunidade Monte Alegre, a 10 km de Gararu (SE), vive Dona Edleuza, o esposo Seu Domingos e seus filhos. Com o manejo agroecológico da propriedade e com um pensamento sempre de aproveitar cada pedaço de chão da propriedade de 38 tarefas, eles plantam gliricídia e palma consorciados para alimentação do gado, também têm roçado de milho e, no quintal da casa, verduras, legumes e frutas, além das plantas medicinais. Graças a um conjunto de tecnologias sociais que permitem a convivência com o Semiárido, a família vive no local buscando cada vez mais a abundância. “A nossa visão é de crescimento, mas sem esquecer o respeito ao meio ambiente”, diz Seu Domingos. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Arte de viver em harmonia com o semiárido
EXPERIÊNCIA: Cida Silva
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: Maria Aparecida da Silva, do povoado de Lagoa da Volta, município de Porto da Folha – SE, é casada com Seu Cláudio e tem três filhos. Em 1997, Cida se envolveu na Pastoral da Criança e, juntamente com outras mulheres, iniciou um trabalho com plantas medicinais e o uso da multimistura, que auxiliava na alimentação saudável, com base na agroecologia, para as crianças. Esse trabalho ajudou a diminuir a desnutrição que atingia as famílias da comunidade. A partir desse trabalho das mulheres surge a Associação de Mulheres Resgatando sua História com o objetivo de produzir alimentos saudáveis. No início, de tudo o que era colhido, doavam 25% para a Pastoral da Criança. Em 2009, ela começou a plantar, tendo como únicas fontes de água um tanque próximo à propriedade e o tanque da Associação. Ela possui dois biodigestores, fortalecendo o seu quintal produtivo e a economia do gás de cozinha. Atualmente, Cida possui em seu quintal cerca de 130 árvores frutíferas e 35 de plantas medicinais. Além disso, Cida possui um pequeno banco de sementes, seis ovelhas e 12 galinhas. Em 2010, conquistou uma cisterna de consumo humano e, um ano depois, uma de produção de alimentos. O empoderamento da família é tanto, que eles conseguem ter uma renda de um salário mínimo mensal, com o que plantam na propriedade. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Manejo Agroecológico no fundo do quintal
EXPERIÊNCIA: Dona Josefa
MUNICÍPIO: Poço Redondo
RESUMO: A agricultora Josefa, 51 anos, reside no povoado Sítio Óleo, em Poço Redondo-SE.  Desde sempre tem cultivos diversificados e mantém a tradição de guardar, preservar e multiplicar suas sementes. Há 20 anos, ela iniciou o trabalho com as hortaliças, e há 16 anos comercializa em feiras locais. Ela sempre se preocupou em não usar veneno por ensinamento do seu pai. Embora ela tenha essa consciência, Dona Josefa produziu durante 13 anos com uso de veneno por insistência do ex-marido. Após a separação, ela passou a ter autonomia para plantar da forma como sempre quis. A sua propriedade, de  quatro tarefas, se divide entre produção agrícola e animal, criação de galinhas e boi. Em 2013, ela conquistou uma cisterna-calçadão que vem contribuindo para ampliar seus cultivos. Há seis meses, também conquistou um biodigestor e sonha em perfurar um poço para ampliar seu estoque de água.  Os/as filhos/as e netos/as de Dona Josefa participam dos trabalhos na propriedade.  Nessa divisão, ela assume papel determinante no modo de produzir. É da venda dos produtos da roça que ela conquistou sua própria casa, ampliou a área de produção e paga todas as suas despesas. A renda é complementada com o Bolsa Família e o Garantia Safra. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Entre linhas e fitas um bordar de linha coletiva
EXPERIÊNCIA: Associação Comunitária da Jureminha
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: Uma experiência de auto-organização de mulheres vem da comunidade Jureminha, no município de Porta da Folha (SE). Um grupo de mulheres resolveu tomar para si as linhas de suas vidas e costurar uma história coletiva. O sonho de Dona Alda alimentou mais mulheres da comunidade a fundarem o Grupo de Mulheres do Ranchinho, no ano 2013. Em pouco mais de três anos, as mulheres deram início às capacitações de artesanato em fitas, em corte e costura e adquiriram máquinas de costura. Depois das formações foi o momento de começar um trabalho em cooperativa. Agora, as mulheres pensam em estratégias para divisão dos ganhos com a produção cama, mesa, banho e peças íntimas. As mulheres também são fortalecidas por meio de debates em grupo. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.

TEMA: Assoc. mulheres resgatando suas histórias, lutas e conquistas em Lagoa da Volta
EXPERIÊNCIA: Assoc. de Mulheres Resgatando sua Hist.
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: O Grupo de Mulheres Resgatando a sua História do povoado de Lagoa da Volta, no município de Porto da Folha (SE), está reconstruindo sua história de vida. O primeiro passo veio com o estímulo de um grupo de freiras alemãs da Congregação Divina Providência, que fundou na comunidade a Pastoral da Criança e os grupos de catequese. Em reuniões, as mulheres contaram das suas expectativas à irmã e do sonho de ter sua própria terra. Foi quando através de um projeto desenvolvido pela irmã elas puderam conquistar um terreno. Na propriedade ergueram uma sede, construíram horta comunitária e cisterna. As conquistam foram sendo ampliadas e hoje elas contam com uma casa de sementes e uma associação. Agora somam 28 sócias que se dividem por Grupos de Interesse, onde dão conta de suas atividades. O trabalho das mulheres é reconhecido e conquistou premiações como, “Mulheres que Produzem o Brasil Sustentável” e o “Prêmio Melhores Práticas” da Caixa Econômica Federal. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: A história de um guardião da caatinga
EXPERIÊNCIA: Seu Carlinhos
MUNICÍPIO: Monte Alegre de Sergipe
RESUMO: Há 22 anos, Seu Carlinhos vem revolucionando a comunidade Lagoa das Areias, a 37 km do centro de Monte Alegre (SE), Alto Sertão Sergipano. A terra dele gera alimentos, vida e renda para a família. Com técnicas simples de reflorestamento e manejo, aprendidas pelo agricultor no decorrer desses anos, através de intercâmbios e assessorias, a área de 4 tarefas é referência na conservação da biodiversidade. Nela ele cria abelhas e pequenos animais;  cultiva alimentos e plantas medicinais. A propriedade também conta com diversas tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: A história de um líder comunitário guardião da biodiversidade
EXPERIÊNCIA: Seu Rosalvo
MUNICÍPIO: Poço Redondo
RESUMO: Esse boletim relata a história de uma família agricultora do Alto Sertão Sergipano. Seu Rosalvo (53) e dona Maria (41) vivem com filhos na comunidade Garrote do Emiliano, a 35 km da sede de Poço Redondo (SE), numa propriedade de 60 tarefas. Lá, eles cuidam do roçado, da plantação da palma forrageira, da horta e fruteiras. Também criam abelhas, ovelhas, caprinos, gado e aves.  Como o coletivismo em essência, no ano de 1990, seu Rosalvo começa a organizar a comunidade com a ajuda de outras pessoas. Procurou aperfeiçoar os conhecimentos, e correu para acessar políticas públicas para a comunidade. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Estratégias de criação animal no Alto sertão sergipano
EXPERIÊNCIA: Seu Humberto
MUNICÍPIO: Gararu
RESUMO: Em Gararu, município ribeirinho do Rio São Francisco (SE), no assentamento Cachoeirinha, vive o agricultor Humberto Vieira, beneficiado e lutador da reforma agrária pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Ele e seus quatro filhos e filhas criam animais, desenvolvem o melhoramento genético de ovinos e bovinos. “Durante muito tempo dependia dos latifundiários da região para ter o sustento da família. De uns anos para cá, tudo mudou. Hoje, consigo todo meu sustento daqui do meu lote de 75 tarefas. Graças ao aprendizado, organização e luta do movimento, a gente conseguiu além da terra, conseguimos educação, formação, qualificação profissional e trabalho”, ressalta Humberto. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: História de uma lutadora do Sertão Ocidental Sergipano: Ana do leite de cabra
EXPERIÊNCIA: Dona Ana Maria
MUNICÍPIO: Poço Verde
RESUMO: A agricultora Ana Maria de Oliveira Santos, 39 anos, mais conhecida por Ana do leite, vive na comunidade Cacimba Nova, em Poço Verde – SE, no território do Sertão Ocidental. Ela é casada com Arivaldo dos Anjos e tem um casal de filhos. Desde criança, acompanhava seus pais no trabalho com a terra e criação de animais. Em 1997, ela conquistou uma cisterna de placas de água para beber.  No mesmo ano, a partir de um intercâmbio entre agricultores e agricultoras, conheceu a criação de caprinos. Desde então, passou a investir na criação animal, investindo recursos e em formação.  A forragem é produzida na própria área. Toda produção é destinada a estocagem de alimentos e o esterco produzido pelos caprinos é utilizado para adubação orgânica do milho, palma e gliricídia. Em 2014, a família conquistou a cisterna de 52 mil litros do P1+2. A partir daí, novas possibilidades surgiram, as plantações ao redor da casa melhoraram e os animais consomem água de qualidade. É uma realidade, com traços marcantes de prosperidades e muita animação. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Estratégias de estocagem e aproveitamento da família de seu Alcides
EXPERIÊNCIA: Seu Alcides
MUNICÍPIO: Monte Alegre de Sergipe
RESUMO: No Semiárido sergipano, mais precisamente na comunidade Lagoa do Roçado, no município de Monte Alegre de Sergipe, na chácara Deus é Fiel, vivem Dona Geane, seu esposo Alcides e seus filhos Mylena, Michelle e Isaac. Com sua sabedoria e percebendo a importância de traçar estratégias para melhor convivência com o Semiárido, com foco na estocagem de água para produção de alimentos e criação de animais, a família despertou para a necessidade de estruturar a propriedade. As tecnologias da propriedade armazenam 235 mil litros de água, volume que não atende a todas as necessidades da família. Em 9 tarefas, na propriedade há uma diversidade produtiva capaz de suprir as necessidades da família. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Hist. De vida de seu José Nobre e dona Josefina
EXPERIÊNCIA: Seu Zé Nobre
MUNICÍPIO: Nossa Senhora da Glória
RESUMO: O agricultor experimentador Zé Nobre, de 72 anos, e a agricultora Dona Josefina, 69 anos, moram no povoado Augustinho, no sítio Santa Barbara, no município de Nossa Senhora da Glória (SE). Quando era jovem Seu Zé Nobre chegou a trabalhar numa indústria de tecidos na capital Aracaju. Depois de experimentar atuar em outras profissões, Seu Zé Nobre viu que o amor pela terra era mais forte. No ano de 2012, conquistou a cisterna-calçadão pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Foi quando ampliou a capacidade de armazenar água em sua propriedade e pode planejar de forma mais estratégica a captação de água da chuva, a estocagem e a produção de alimentos. O agricultor construiu um sistema de registro para controlar a água que é usada na as plantações na propriedade – mantendo a água por até 8 meses no período de estiagem. No solo ele usa um biofertilizante que é produzido a partir do biodigestor.  Enquanto Dona Josefina têm entre as atividades os cuidados com a casa, a criação de animais, com as frutíferas e uma pequena produção de requeijão. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Legado de uma guardiã do saber popular
EXPERIÊNCIA: Dona Josefa da Guia
MUNICÍPIO: Poço Redondo
RESUMO: Dona Zefa da Guia é uma importante guardiã da cultura popular e ícone do ofício de parteira, em Poço Redondo (SE). Ao longo dos anos, ela já acumulou mais de 5 mil partos e conta com 4 mil afilhados e afilhadas. Ela também tem o dom da cura e é conhecida por suas rezas, atendendo pessoas de todo o Nordeste. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Povo indígena Xokó: memória, história e resgate cultural
EXPERIÊNCIA: Tribo Xokó
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: Os índios da etnia Xokó, que vivem na comunidade Ilha de São Pedro, localizada no município de Porto da Folha/SE, às margens do Rio São Francisco, lutaram por muitos anos pelo reconhecimento do seu território e de sua identidade.  Em 1958, conquistaram o primeiro pedaço de terra, através de uma doação de Dom Pedro II, que conheceu o povo Xokó durante uma expedição no São Francisco. Mas os fazendeiros que habitavam as terras não aceitaram e, durante muito tempo, oprimiram os índios, proibindo, assim, a prática de seus costumes tradicionais e culturais. Essa situação fez com que muitos migrassem para outros estados. Apenas 22 famílias ficaram no território, sobrevivendo da produção da cerâmica, pesca e dos cultivos de arroz, milho, feijão e de outros. Essas famílias se reuniram e começaram a discutir o futuro do seu povo, o que contribuiu com o processo de reconquista do território. Ainda de forma organizacional, a comunidade Indígena Xokó, conta com um Conselho Tribal e Conselho de Saúde e realiza aulas de artesanato e produção de colares para as crianças da comunidade. Atualmente, 117 famílias vivem no território. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Relato das histórias das negras e negros do Alto
EXPERIÊNCIA: Sítio Alto
MUNICÍPIO: Simão Dias
RESUMO: A comunidade de Sítio Alto, em Simão Dias (SE), possui cerca de 300 anos de história e já foi um lugar estigmatizado pelos nomes antigos por quais era conhecida. Em 1995, a comunidade se reconheceu como quilombola e uma Associação Comunitária foi criada para valorizar a cultura do local. Desde então, Sítio Alto se tornou palco de pesquisas e projetos ligados à sua história. A comunidade produz muitos tipos de alimentos, a maior parte de subsistência, através de seus plantios em propriedades familiares. As sementes, guardadas na casa de sementes, são conservadas com cravo e pimenta, que evitam os ataques de insetos e garantem a qualidade até o próximo plantio. Antes das tecnologias de armazenamento de água, a comunidade vivia sob exploração política em troca do recurso. Antes ameaçada por fazendeiros, a Comunidade Quilombola Sítio Alto constrói a sua história através da resistência de suas bandeiras de luta, de sua cultura popular e a afirmação da identidade. Um lugar de homens e mulheres lutadores e lutadoras por seus direitos e suas conquistas. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Raízes Nordestinas na Arte da Resistência Camponesa
EXPERIÊNCIA: Raízes Nordestinas MPA
MUNICÍPIO: Poço Redondo
RESUMO: O grupo teatral existe desde 2001 e ao longo desse período vem adequando suas produções à realidade do povo sertanejo. Atualmente, o Raízes Nordestinas é um importante instrumento da luta camponesa, que congrega a juventude urbana e rural. O grupo é inspirado em Paulo Freire e Augusto Boal. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Juventude Camponesa, qual a sua missão? Semear soberania e fazer revolução
EXPERIÊNCIA: Teatro Raízes Nordestinas - MPA
MUNICÍPIO: Poço Redondo
RESUMO: O MPA em Sergipe tem dados passos importantes para ativar o vigor da juventude. No período dos últimos quatro anos, retomou coletivo de juventude estadual, que tem se desafiado a construir as brigadas de juventude; incluiu jovens nas instâncias organizativas; tem buscado organizar a juventude nas comunidades a partir de processos produtivos e culturais e tem assegurado atividades diversas de formação e animação, como encontros, oficinas, seminários, escolas de militantes. No Sertão, o movimento fortaleceu a experiência do Grupo Raízes Nordestinas, que há mais de 14 anos promove um processo de formação e organização da juventude a partir do trabalho de cultura popular. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: A história de Pedro Menezes: Cultura e turismo rural no Recanto da Serra
EXPERIÊNCIA: Pedro Menezes
MUNICÍPIO: Tobias Barreto
RESUMO: Pedro Jose Lima, conhecido como seu Pedro tem 57 anos e é casado com a senhora Maria Zélia da Silva Lima, de 54 anos, com a qual teve seis filhos nascidos e criados na Fazenda Inxu, nas redondezas da comunidade Lagoa da Volta, há 15 quilômetros da cidade de Porto da Folha em Sergipe. Quando casou ele ganhou do seu pai, 30 tarefas de terra e começou a produzir junto com sua esposa. Seu Pedro sempre desejou manter as sementes crioulas armazenadas para garantir a permanência da espécie ao longo dos anos e ter sementes de qualidade para fazer as plantações. Daí começa a história de um guardião das sementes crioulas que resgatou as sementes que seus pais utilizavam na lavoura e a partir da utilização de técnicas alternativas garantem a permanência das mesmas há 36 anos com a família. A diversidade de milho e feijão é grande, pode-se destacar: Pé de Boi, Milho Cunha. Entre os feijões destaca-se: Feijão de Corda Cabeçudo, Feijão Carioca, Feijão de Arranca, Feijão Preto e Feijão Mulatinho. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Fazer agroecologia em família
EXPERIÊNCIA: José Augusto
MUNICÍPIO: Tobias Barreto
RESUMO: O casal Zé Augusto e Valdina é de origem camponesa, mas para conseguir um pedaço de chão para plantar tiveram que enfrentar sete anos de luta em um acampamento do Movimento dos/as Trabalhadores/as Sem Terra (MST). Eles têm cinco filhos e residem no município de Tobias Barreto-SE. Foi a partir da participação nas reuniões da Associação “Mão no Arado” que conheceram as práticas agroecológicas. Em 2007 conquistaram a cisterna de 16 mil litros para consumo. E em 2010, iniciaram o trabalho com a produção de hortaliças com o plantio ao redor de casa, que logo foi expandido devido à demanda por produtos. A água para o cultivo vem de um riacho que fica localizado próximo ao lote da família. Para garantir um espaço no mercado e vender diretamente ao consumidor, eles utilizam diversas estratégias como a boa apresentação dos produtos, identificação do seu espaço de venda (banner, boletim), identificação da horta (camisa), perfil no Facebook, degustação e intercâmbios. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.
 
TEMA: Associativismo e organização comunitária na Linda Flor
EXPERIÊNCIA: Associação Linda Flor
MUNICÍPIO: Porto da Folha
RESUMO: Conhecida antes por Fazenda Areias, a comunidade Linda Flor, foi chamada por esse nome pela primeira vez na década de 80 em referência ao jardim da casa de Dona Hilda. Ela e seu esposo, seu Antônio Pereira participaram da fundação da comunidade e anos depois, idealizadores da formação da associação que foi instituída no ano de 1988. A associação nasceu do desejo de melhorar a vida comunitária, por meio da participação e integração ao associativo e desenvolvimento das potencialidades da região. No inicio, a associação contava apenas com 15 agricultores/as associados/as, mas hoje soma 60 associados, 57 ativos e 3 inativos. A comunidade é referência em processos de associativismo e a partir do trabalho organizado conseguiram diversos benefícios para os moradores da localidade como a implementação de uma casa de sementes, trator com grade aradoura, rede elétrica, máquinas forrageiras e tanques de resfriamento de leite. Clique aqui para ler o boletim desta experiência.