Agricultores e agricultoras que vivem em comunidades rurais dos municípios de Santana do Ipanema e Ouro Branco participarão do Encontro Territorial de Avaliação do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). O evento acontece nesta quinta e sexta-feira, 11 e 12 de abril, no auditório do Instituto Federal de Alagoas em Santana do Ipanema-AL. O grupo conquistou recentemente tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva.

Nesse encontro de avaliação, as famílias trocarão informações para aumentar a produção de alimento, visando a segurança alimentar e nutricional e o fortalecimento da convivência com o Semiárido. Além das famílias foram convidados os secretários de agricultura de Ouro Branco e Santana do Ipanema, bem como representantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), do Campus Sertão em Santana do Ipanema, Instituto Federal de Alagoas (IFAL) e Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) de Santana do Ipanema-AL, e outros agricultores e agricultoras que conquistaram políticas através da ASA e produzem alimentos por meio de práticas agroecológicas.

O programa vem sendo desenvolvido nesses municípios desde março de 2018. Através dele foi realizado o processo de formação com capacitações para gestão da água e produção de alimento, sistema simplificado para produção, intercâmbios, encontro, reuniões e a implementação de 191 cisternas com capacidade de armazenar 52 mil litros de água de chuva e 10 barreiros-trincheiras. Das 201 famílias cadastradas no projeto, 70 famílias vão receber o fomento, que é um recurso disponibilizado para que as famílias que vivem em situação de extrema pobreza possam ter condições de melhorar ou iniciar o seu sistema de produção de alimentos.

As cisternas e os barreiros devem contribuir para melhorar a vida das famílias no campo e fortalecer a segurança da água para produção de alimento de qualidade, sem uso de agrotóxico. O P1+2, é uma ação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que está sendo executado na região pelo Centro de Desenvolvimento Comunitário de Maravilha (Cdecma).