Sementes
12.11.2019 PB
Experiências populares trouxeram ao XI CBA alternativas de Convivência com Semiárido
Um dos espaços mais visitados no XI Congresso Brasileiro de Agroecologia foi o Terreiro da Inovação Camponesa

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Por Simone Benevides, do GT de Comunicação da ASA-PB

Quitéria (dir.) e Sara, ambas agricultoras de Cubati/PB, apresentaram seus sistemas de reaproveitamento de água cinza | Foto: Simone Benevides

Agricultoras e agricultores familiares e urbanos, assentados e assentadas da reforma agrária, indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais apresentaram suas experiências ao público presente, trazendo experiências diversas com o beneficiamento de alimentos e de ervas medicinais, a preservação de sementes animais, os Fundos Rotativos Solidários (FRS), que estimulam a Economia Solidária, e até a invenção de uma moeda informal usada por comunidades camponesas.

*Para a agricultora Quitéria dos Santos Cunha, do Assentamento São Domingos de Cubati, no semiárido da Paraíba, o momento mais importante de todo o Congresso foi a troca de conhecimento nas rodas de conversas e na tenda do Terreiro de Inovação Camponesa. “Eu vim apresentar a experiência de reúso de água. Falei como o sistema funciona e os cuidados com o manejo e a irrigação, que deve ser via gotejamento, evitando que água caia sobre as plantas, principalmente quando se usa o esgoto total da residência. Em relação às frutas, o manejo é feito normalmente, porque trata-se de plantas de raízes profundas, o que deve se evitar [consumir] é as frutas que caem no chão”. *

As atividades do Terreiro começaram a partir do segundo dia (5). Foi neste espaço que houve a celebração dos 20 anos da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA). Agricultoras e agricultores dos estados de atuação da ASA fizeram suas homenagens em forma de versos, poesias e músicas, também houve a apresentação de um grupo de Teatro do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) que trouxe a temática da resistência das Sementes Crioulas frente à ameaça da transgenia.