Dia Nacional da Caatinga
28.04.2023
ASA realiza evento sobre emergência climática e desertificação no Semiárido
No Dia Nacional da Caatinga, representantes de diversos estados do Semiárido e do Governo Federal estiveram reunidos/as discutindo o tema

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Por Érica Daiane | ASACom

Evento online reuniu mais de 60 pessoas

"A emergência climática e o agravamento da desertificação nos semiáridos latino-americanos: ações em rede, narrativa e perspectiva para o Semiárido Brasileiro e ALC" Esse foi o tema do evento online que reuniu mais de 60 pessoas na manhã desta sexta, dia 28, data em que se celebra o Dia Nacional da Caatinga.

Representantes de diversos estados do Semiárido e do Governo Federal estiveram reunidos/as discutindo o tema a partir das contribuições de Ana Di Pangracio, que representa a América Latina e Caribe no Painel das OSCs da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, e Alexandre Pires, Diretor de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente – MMA.

O cenário das articulações internacionais em torno da pauta das mudanças climáticas foi o que chamou atenção na fala de Ana Di Pangracio. A convidada destacou elementos acerca da convenção internacional sobre o clima e como os países mais impactados podem dar passos em prol do combate aos efeitos das mudanças climáticas.

Alexandre Pires, reconheceu o papel fundamental das convenções nesse processo de enfrentamento à crise climática e trouxe informações do governo brasileiro acerca da retomada de políticas ambientais, a exemplo da recriação da Comissão de Combate à Desertificação, além de uma Câmara Interministerial. Ele enfatizou ainda a visita recente de representante da ONU, que esteve inclusive reunida com a ASA, e ressaltou a importância desse diálogo, uma vez que “o Semiárido é o que mais vai sofrer com o impacto das mudanças climáticas”, pontua o representante do MMA.

Presente no evento, a agricultora Nereide Segala, integrante da Rede Pintadas, na Bahia, expressou a demanda das comunidades rurais que dependem da Caatinga e da agricultura familiar e, portanto, necessitam de investimentos em tecnologias para que possam seguir produzindo sem impactar o meio ambiente.

Já Vanúbia Martins, da Comissão Pastoral da Terra – CPT, denunciou o modelo perverso dos grandes projetos neodesenvolvimentistas, os quais impactam diretamente à Caatinga e as famílias que vivem no Semiárido e dependem de forma direta do Bioma.

Outros/as participantes falaram das demandas e experiências de cada estado neste contexto de tentativa de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas em nível local, bem como os desafios das investidas internacionais para lidar com a crise ambiental.