Para explicar o que significa aquecimento global, é necessário, antes de tudo, falar sobre um fenômeno natural chamado efeito estufa. Esse fenômeno acontece quando a energia solar radiada pelo sol bate no planeta e, em vez de retornar ao sistema solar, é absorvida pelo globo e pela atmosfera (ver figura ao lado). Isso acontece por que alguns gases, principalmente o CO2 (gás carbônico), formam uma barreira impedindo a passagem de boa parte da energia solar. Esse fenômeno é responsável pelo equilíbrio da temperatura na terra.

Diferentemente do que se pode pensar, o efeito estufa é de extrema importância para manter a diversidade de animais e plantas existente no planeta. A importância do fenômeno pode ser melhor compreendida quando se compara as condições do Planeta Terra e  as condições da Lua. Na Lua não há uma atmosfera, e, portanto, nenhum efeito estufa. Por isso, lá as temperaturas variam de 100+C a -150+C. Assim, o dia é extremamente quente e, a noite é significativamente fria.  Dessa forma, a grande variação de temperatura na Lua não permite a existência de nenhum organismo vivo.

O efeito estufa gerado pela natureza é, portanto, não apenas benéfico, mas imprescindível para a manutenção da vida  na Terra. Com isso, o problema não está no fenômeno, e sim, no acúmulo exagerado de CO2, metano, óxido nitroso e outros. A concentração exacerbada desses gases faz com que a energia solar seja absorvida pela terra e pela atmosfera em maior quantidade, resultando, assim, no que os cientistas estão chamando de aquecimento global.

Como afirma o especialista em estudos de ciência e tecnologia da Fundação Joaquim Nabuco, Adriano Dias, +o aquecimento global nada mais é do que o aumento da temperatura da terra, dos mares e dos rios. Ou seja, mesmo as regiões mais frias do planeta ficaram mais quentes nos últimos 150 anos+, explica. Como conseqüência, a comunidade científica prevê mudanças drásticas nas condições de produção de alimentos e aumento no número de mortes causadas por inundações, secas, tempestades, ondas de calor e furacões. Outro  impacto  anunciada é a escassez de água potável devido ao derretimento da neve existente nos picos de diversas cadeias montanhosas. Por serem reservas naturais de água potável, o fim da neve das montanhas agravaria ainda mais as possíveis grandes secas + que poderiam deixar mais de 1 bilhão de pessoas sem água. Pela previsão dos cientistas, a água resultante da neve derretida vai se misturar aos oceanos tornando-se, assim, imprópria para o consumo.

Mais um perigo é o derretimento das calotas polares. Segundo estudos, 75% das geleiras desaparecerão até o fim do século. Isso faria com que o nível do mar aumentasse de tal forma que cidades litorâneas como Rio de Janeiro-RJ, Santos-SP, Salvador-BA e Recife-PE fossem inteiramente inundadas. Os cientistas alertam ainda que as mudanças climáticas vão provocar a extinção de várias espécies de animais e plantas, causando mais um desequilíbrio na biodiversidade terrestre.

Porém, em meio a todas essas informações que anunciam o fim do&nbs