Educação Contextualizada
07.03.2016 BA
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”

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Por Aparecida Amado - assessora técnica do Programa Cisterna nas Escolas

O encontro reuniu organizações da Bahia e Sergipe | Foto: Silmara Moreira

As Asas Bahia e Sergipe promoveram um encontro de avaliação e sistematização do Programa Cisternas nas Escolas

Nos últimos dias 23 e 24 de fevereiro em Feira de Santana/BA aconteceu o encontro de avaliação do Programa Cisterna nas Escolas, além de ter como objetivo um debate sobre toda a execução do programa em 2015, foi refletido com professores/as, gestores/as, merendeiras, representantes das organizações e da Coordenação Executiva Nacional da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) os aprendizados adquiridos através das formações de Educação Contextualizada e Gerenciamento de Recursos Hídricos nas escolas “Como podemos dar continuidade a essa ações nos município que atuamos?” Essa foi uma das indagações trazida por Cleusa Alves, da coordenação executiva pela ASA Bahia.

O espaço onde o encontro foi realizado recebeu uma ambientação que contava toda trajetória do programa em registros fotográficos, cartazes produzidos nas oficinas de educação contextualizada e cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos na Escola (GRHE) e produções das crianças e adolescentes nas escolas atendidas, um olhar para o Semiárido a partir da ótica da Educação “Quando fizemos a formação não tínhamos conhecimento da realidade do Semiárido, não sabíamos que existiam tantas histórias” relata Jaziel Correia de Santana, professor da Escola Maria de Souza Borges.

Os trabalhos em grupo tiveram como base os desafios e estratégias vivenciadas na execução do programa e um olhar mais amplo para a situação da educação no Semiárido “A mobilização nos desafia a sensibilizar as comunidades a não perder suas escolas, na Bahia foram mais de 800 escolas fechadas em 2015, esse processo de mobilização precisa chamar atenção para esse acontecimento” enfatiza Cleusa.

O segundo dia foi marcado com a participação e apresentação da pesquisa de mestrado do professor Charles “As ruralidades: sentidos e significados de ser/fazer/viver na roça”..., que traz entrelaçadas a teoria e a pratica de quem vive as escolas do campo “O desafio da Educação Contextualizada é a mobilização, quem não se mobiliza não evolui”, professor Charles dialoga com o grupo sobre como o povo da roça tem seu ritual, seu ritmo de vida, que está relacionado ao arcaico e a chegada das tecnologias.

O encontro que contou com a presença de 42 pessoas, dentre elas as 08 Unidades Gestoras que desenvolveram o Programa Cisterna nas escolas na BA e SE (CARITAS NORDESTE III E RUY BARBOSA, MOC, CEDASB, CAA, ARCAS, ASS E AMASE/SE) teve como alguns dos encaminhamentos: a promoção de intercâmbios, mobilização e formação com as comissões municipais sobre a temática de Educação do Campo, formação de grupos nos municípios para construção de planos políticos pedagógicos voltados para Educação Contextualizada para Convivência com Semiárido, potencialização de espaços e ações que já desenvolvem a temática e muitos outros que tem como proposta contribuir para a disseminação de uma Educação libertadora para crianças e adolescentes do Semiárido.