Por Fábia Lopes - ASACom
O debate sobre o aquecimento global tomou corpo quando a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou, no início do ano, o primeiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC). Pela primeira vez na história, um estudo apresentou a ação humana sobre o planeta como a principal causa de um fenômeno climático.
Mas, que atitudes do ser humano provocam o aumento da temperatura na+ Terra? De acordo com os especialistas, o sistema de produção e consumo impostos+ pelo modelo capitalista é o +X+ da questão (leia o artigo do prof+ Heitor Scalambrini Costa). O capitalismo,+ que+ ganha impulso com a Revolução Industrial no século XVIII, deve muito de seu desenvolvimento a utilização dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo), que são ricos em monóxido e dióxido de carbono. Assim, a fumaça produzida pelas indústrias, rica em gás carbônico, é a principal causa do aumento do efeito estufa (leia mais sobre efeito estufa aqui).
Com isso, os países industrializados, como os Estados Unidos, o Japão, a China e a Rússia, são os maiores responsáveis pelo aquecimento global, muito embora as queimadas, sobretudo de florestas tropicais,++ contribuam para o desequilíbrio do clima na Terra.+ Nesse caso, o Brasil é o país que mais+ se destaca negativamente por ser o líder o mundial em emissão de gás carbônico via queimadas. Já os Estados Unidos, com apenas 4,6% da população do planeta, são os maiores responsáveis pelo aumento da temperatura,+ com uma taxa de emissão de gases poluentes de 24%.
O segundo relatório do IPCC, divulgado em abril, revelou que os países pobres serão os mais atingidos pelas conseqüências do aquecimento global. Ou seja, enquanto os países da América do Norte, da Europa e o Japão podem contar com suas riquezas para amenizar os efeitos das mudanças climáticas, sobre as quais eles são os maiores responsáveis; os países do continente africano, maiores vítimas do capitalismo e já parcialmente dizimados pela fome, vão sofrem com a falta d+água que pode atingir cerca de 250 milhões de pessoas. Com a escassez de água, a fome vai aumentar devido a impossibilidade de produzir alimentos.
Para a América Latina, o segundo relatório do IPCC prevê a perda de boa parte das espécies existentes nas florestas tropicais, a desertificação das regiões semi-áridas e inundações de parte do território da Argentina, El Salvador e México.
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