Outros
08.06.2010
Famílias da região do Brejo controlam a mosca negra sem uso de agrotóxicos

Voltar


Por AS-PTA

Agricultores dos municípios de Lagoa Seca, Matinhas, Alagoa Nova, Massaranduba, Lagoa de Roça e Remígio, na Paraíba, se reuniram para avaliar as ações bem sucedidas de combate à praga da mosca-negra-dos-citros sem uso de veneno. A assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Seca, no dia 31 de maio.

Durante a reunião, promovida pelo Polo da Borborema, foram apresentados os resultados de práticas alternativas do combate à mosca-negra. Ao mesmo tempo, as entidades representativas dos agricultores denunciaram a política oficial do combate à praga.

Conter a disseminação da mosca-negra-dos-citros continua sendo prioridade para todos. Durante a reunião, foi discutido o uso e a aplicação em larga escala de um agrotóxico de marca conhecida. Sabe-se que esse produto pode causar muitos danos para o ambiente e para a saúde dos agricultores e dos consumidores. Em alguns países, seu uso está suspenso ou mesmo banido.

Na região do Brejo da Borborema, as famílias tradicionalmente produzem frutas em sistemas altamente diversificados, onde a própria natureza sempre se encarregou de equilibrar as populações de insetos e pragas. Para o combate da mosca-negra, os agricultores tomaram iniciativas rápidas e enérgicas, testando vários produtos naturais que estão tendo sucesso no controle da praga.

As famílias desenvolveram produtos utilizando a castanha-de-caju, a manipueira, a maniçoba, o angico, o nim e a urina de vaca. Essas substâncias se mostraram tão ou mais eficientes do que produtos químicos, além de não agredirem a natureza e a saúde dos agricultores e dos consumidores.